Sunday, November 04, 2007

josé agora, ou juro que um dia escrevo direito mas hoje não.

eu vim pra cá pra parar de deixar de ser tema, palavra. pra trabalhar, mover e transformar. o processo inclui, algum isolamento, alguma solidão, algum anonimato.

coisas entre couchetes são sempre mais especiais que outras.

o silêncio me faz olhar pecados por não ter cometido; pecado de faltar com o prazer, o se omitir do projeto idealizado, o estar longe sem se dar conta, o de não ver olhando. estar vendo o que não está e não me dar conta do que é.
tanta besteira, tanto leite derramado. volto do filme me medindo, censurando o sentimento, que é tão ambíguo, o sentimento, que teoriso para me acalmar. o paradoxo que virou um ninho. as falas que professam o contrário.

coisas mais especiais que outras são o ó.

acordei com meu pai querendo me dar um beijo na boca pela segunda vez
a primeira não era sonho e ele tava bêbado, hoje de manhã ele era uma bicha enfurecida e pegajosa que corria atrás de mim na exposição de animais, numa espécie de estábulo.
acordei e caminhei ainda mais devagar.

dessa vez nada de couchetes

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