Wednesday, April 30, 2008

asanas e mais asanas

é. nem só de ioga vive uma mente sã. aliás, só em procurar sanidade de pronto se prova enfermo o sujeito. aliás, blocos de anotações, portfólio, currículo, curso disso, curso daquilo, gravura, uma maca, um colete e uma ambulância...
Tenho yoga todo dia útil, o equilíbrio entre o exercício da yoga e o exercício de outra coisa é um exercício difícil.

Saturday, April 26, 2008

o pendurado, o enforcado

Estou no Lasar Segall
é sábado e estou vendo uma apresentação de uma gravadora no atelier livre de gravura,
qualquer nota, o trabalho dela é até bem legal.
me ocorre a gravura que tenho feito
as gravuras que já fiz,
de como a gravura é laboriosa e ao mesmo tempo a displicência com que sempre tratei, trabalhei, guardei, pensei
a primeira gravura que estou fazendo de pois de muito tempo é uma carta de baralho, de tarô, o enforcado
símbolo da suspensão, do interrompimento, da sujeição, da dependência
no méio da apresentação da moça me ocorre
"tudo que faço é lixo, tudo que faço não vale ser lembrado..."
essa frase se cabe tanto na memória negligenciada da gravura como rodapé para o vídeo Orgulho de Ser Nordestino.
acho que isso ainda vai passear por mim

Wednesday, April 16, 2008

Estou na casa de Ramsés. Acordei tranquilo de um sonho perturbador. Sonhei que executava quatro amigos na casa de um quinto e na companhia de um sexto. Me lembro claramente de não concordar com o que estava sendo feito e de ao mesmo tempo incorrer na insandice que me era pedida. Os amigos eram miguel, paulo cabral, sergio - namorado de miguel - e o próprio ramses.
A arma utilizada era um celular, como o meu antigo, mas do topo dele saía uma bala fina e forte como a de um fuzil. As supostas vítimas tinha estabelecido que deviam morrer e me disseram isso. Eu concordei relutante e executei a tarefa pedida. Os meninos estavam amarrados, tipo quem vai ser fuzilado ou quem vai pra forca. Primeiro Ramses, depois Miguel, não lembro bem ao certo, mas existiam considerações e congecturas que eu fazia para estabelecer a orndem em que eram mortos. Outra parte nebulosa do sonho é que Ramses e outra pessoa eram os cúmplices de meu crime. Não me lembro de que mais era, mas Ramsés tirava os corpos e levava para uma edícula no fundo da casa e eu perguntava preocupado, querendo dividir o peso, como nos livraríamos dos corpos, o que diríamos as pessoas? Logo em seguida a essas perguntas, chegam um grupo de pessoas a casa, para uma festa combinada, as pessoas já chegam animadas,
perguntam pelos mortos, entregam bebidas e ítens para fazer drinks.
A complexidade a que me obrigo para me reconhecer valendo vai expressa em cada palavra escolhida. Muitas vezes minha busca, que se torna busca de cura aqui em São Paulo, é uma inversão de valores, meus ou estabelecidos, não sei bem, nao escrevo agora sabendo o que vem depois ou onde quero chegar, mas pela nescessidade de chegar. Pensando que alguma coisa me foi construida com em mim, por mim ou com minha ajuda e que essa tal coisa é um impedimento a minha autonomia, faz meus caminhos mais longos, destroi perspectivas, me exige um rigor intrasponível ao mesmo tempo em que me faz desistir de todas as possibilidade de investimento.
Vida em água estagnada.
Com o sonho e as indagações me vem outros pensamentos
Estabeleci que até sexta feira tenho que ter um meio de sustento

Friday, April 11, 2008

Sonho familiar

Hoje é 11 de abril de 2008
Estou na casa de Maira e sonhei com minha familia No sonho eu morava em uma fazenda, com muitos gramados, era recem casado com maira e minha familia materna, Cau, Jairo e filhos, Lu, Romeu e Cristina vieram passar em minha casa na fazenda em sp antes deles chegaram cecilia e tarta, os familiares de mamae chegaram em caminhonetes,

exaustos da viagem ainda se mostravam duros machos inflexiveis aos seus deveres de machos, suas mulheres, femeas, inflexiveis a suas mortalhas dde esposas, a cada gesto uma demostracao de apoio ao macho.

Acordei sem me preocupar, quase nao escrevia, sem associacoes me lembrei de meu analista,
e pensei o tanto que ele vem exercitando o peso financeiro em minha vida, acho que ele quer quebrar uma fleuma em mim, em fim tudo passa por dinheiro quando se trata de meu processo psicanalitico, ora concordo com ele, ora me dou conta que meu concordar é uma crensa na serpente mágica que trás o édem, quando o que é dito lá é tirado de circulação, ou reorganizado, ou o tanto de dinheiro que eu deixe la seja uma especie de aposta contra minha bancarrota, como se o dinheiro que eu pago me traga mais dinheiro.

e me ocorre maira, o tanto que gosto dela, e a patologia que vamos desenvolvendo juntos, sem conseguir fugir ao papel de marido e mulher, a posse, o território, o ciumes, a ameaça e o medo. penso em alguma estrategia para viver com menos medo e mais liberdade junto a ela, penso em seu pai, sua mae, e como tudo parece se encaixar, me sinto mais criativo, volto a me preocupar com o dinheiro, uma preocupação cínica, preocupar em arranjar mais dinheiro para bancar essa ciranda de vagabundagem. Mas e a criação, e a grande obra que vim fazer aqui, minha profecia última.

Tudo é jogo. Mas não devia ser. Penso nos recados da secretária eletrônica em volume alto, isso me lembra Faiga Ostrower ou antes Jung, o acaso na producao artística. Me lembra na cardoso na moto pensar em yoga, se é arte, ciência ou religião - no entanto esse texto é como a bucha, a estoupa ou o rechio de linguiça, o amido de milho, esse texto nào vale nada. esse texto não tem coração, é feito com algum desdem pela escrita e um todo amor pela produção, minha última grande produção é a cultura das fezes, vídeos, alimentos laxantes para mim e para os amigos, para as mulheres, e as práticas de yoga e finalmente o pensamento, que quando nao pensa em merda literalmente, se ocupa de merda, afazeres menores, se dispersa em um entrincado de burocracia, se perde em princípio. Estingo a reflexão.
Vejo como a lingua carrega essa abivalência do que vivemos, o que é dito ora é ora é seu contrário, ora acontece ora desacontece. Preciso me ver livre desse pensamento mágico.

Monday, April 07, 2008

E todo dia agente se encontra em meu café e no banho antes de dormir,

ela me disse pegue suas coisas e a doçura dela me fez ter certeza de um castigo divino. Ela é tão essencial que reclamou das injustiças, esquecendo coração vontade direito descência e um mínino de sandice a que tinha direito.
Na minha boca, confesso, seria um ardil. Cresci pra reconhecer o paradóxo implícito na palavra. Aquela doçura seria uma armadilha.
Capim santo, pés descalsos na terra e um coração apaixonado por descobertas,
Agente se separou estranho, nunca estive tão perto de alguem por silêncio.
Parceria nos crimes, com o tempo viramos irmãos e minha cegueira religiosa obrigou a querer aquilo pra sempre quando eu já ia longe. Pego a mão dela em pensamento praguejando viagens essenciais deliciósas na companhia de alguem que não disfarse a impaciência.

Thursday, April 03, 2008

cabulei um post e não fiz um aborto

perdi coisas escritas na cabeça,
acordei de um aborto.
nota pra quem ainda não me conhecia,
eu faço campanha pró aborto, eu adorro aborto,
eu adimiro quem faz aborto.
terminou assim, o que eu estou fazendo comigo mesmo continuando esse pesadelo.
não parecia um pesadelo, todo mundo tava tranquilo.
Eu, mamãe, Marta e Mayra grávida
fomos de carro, algum lugar como o locais de extração de barro de lá da muribeca,
construções de madeira velha com pregos grossos, tudo de miséria no ar.
e nós tranquilos, eu tranquilo, alienado.
chegamos a um barraco e nos aninhamos.
chegou a aborteira com uma peça de ferro,
uma base, uma aste e uma ponta tipo broca ou chave de fenda, tudo tava inferrujado,
ela passava um pano como dizendo que estava limpando,
e eu medava conta que aquilo ia rasgar tudo dentro.
desisti de sonhar na mesma hora.